Glossário Feminista I (Via Think Olga)
O blog Think Olga fez um favor pra humanidade: explicou tintim por tintim o que são manterrupting, bropriating, mansplaining e gaslighting – quatro das mais frequentes formas de machismo cotidiano que, de tão sutis e naturalizadas, minam as chances de igualdade nas relações sociais entre homens e mulheres.
O título ,“o machismo também mora nos detalhes”, não poderia ser mais perfeito, já que, em geral, as mulheres que reclamam das práticas ali descritas são chamadas de exageradas, mimimizentas, criticadas por verem machismo em tudo. E a gente fica na enrascada porque simplesmente se enfurecer é algo que, apesar de justíssimo, dá pro interlocutor aquele ar de filme americano “I rest my case”, como se a reação indignada da mulher provasse o ponto (eu chamaria isso de “círculo vicioso do gaslighting”).
Por isso, é uma estratégia boa ter na ponta da língua uma explicação objetiva e direta sobre o quão machista é sermos interrompidas insistentemente, vermos homens levarem crédito por nossas ideias, nos explicarem obviedades ou sermos tratadas como loucas.
O post devia ser lido por todo mundo e a gente pode fazer nossa parte difundindo-o por aí. Especialmente nas relações familiares e profissionais, pode poupar desgastes mandar esse alerta sobre práticas machistas pro tio sabichão ou pro colega que ju-ra que só queria melhorar a sua ideia. Aliás, o amigo ou namorado que se considera defensor da igualdade de gênero ganha a super oportunidade de testar o quanto efetivamente se engaja pra combater o machismo em si mesmo, já que o post traz exemplos, inclusive em vídeos, de como a coisa acontece.
Cresceu ouvindo que era uma menina "cheia de opinião", teimosa, atrevida e inconformada. Um dia, entendeu que esses eram seus melhores atributos pra ser uma mulher capaz de fincar pé nesse mundo de homens. Por isso, escreve.