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Livre, leve e solta

Publicado por:
Roberta Gresta
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A revista Veja, naquela matéria-que-não-se-cola-o-link, tentou emplacar o perfil da “Bela, Recatada e do Lar” como padrão de comportamento feminino.

Mesmo pra uma sociedade machista como a nossa, parece que o semanário errou a mão. Em lugar de impressionar com seu modelo de primeira-dama, virou chacota. As redes sociais não perdoaram: um monte de gente compartilhou fotos de seu lado trash com a hashtag que ironicamente continha o título da matéria.

A galera se expressou, sentindo-se super ousada e progressista ao confrontar a caretice do manual Civita para donzelas pós-modernas. De quebra, deu pra rir daquelas fotos bagaceiras da noite mais louca da vida ou de um passado remoto. Bacana.

Mas sabe o que seria espetacular agora? Combinarmos de vez, assim, como galera ousada e progressista, que não iremos criticar mulheres que:

De hoje em diante, que tal olhar pra cada uma dessas mulheres sem lançar a elas os rótulos de fácil, vulgar, desleixada, piranha, machuda, metida, megera, mal-comida, arrogante, maluca, egoísta, seca, irresponsável, mimada, inconsequente, criminosa, sem-noção, desfrutável ou oferecida?

Assim, pra gente provar que, de fato, a matéria da Veja é um despropósito.

Sobre a autora

Cresceu ouvindo que era uma menina "cheia de opinião", teimosa, atrevida e inconformada. Um dia, entendeu que esses eram seus melhores atributos pra ser uma mulher capaz de fincar pé nesse mundo de homens. Por isso, escreve.

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